domingo, 22 de fevereiro de 2009

A NOSSA LOCALIDADE


Vila de Prado


A Vila de Prado situa-se no norte do país, na estrada que liga Braga a Ponte de Lima, 5 Km a norte de Braga, na margem direita do rio Cávado, num vale plano e alargado.
Foi um primitivo povoado pré-romano, passando a ser habitado após dominação romana. Os romanos terão utilizado Prado para protecção das legiões romanas que transitaram pela via militar que, através de Ponte de Lima, Valença e Tui, ligava a cidade de Braga à de Astorga.
A partir do século XII aparece como sede de uma vasta região com plena autonomia administrativa.
Foi-lhe concedido foral por D. Afonso II em 1260. D. Manuel concedeu-lhe outra carta de foral em 1510, tendo como donatários os conde de Prado.
O concelho de Prado foi extinto em 24 de Outubro de 1855, tendo-se criado nessa altura o concelho de Vila Verde. Prado passou a integrar o novo concelho, sendo as suas freguesias distribuídas por este e pelos concelhos de Barcelos e Braga.
A povoação Prado (Santa Maria) foi elevada à categoria de vila em 16 de Agosto de 1991.



Nesta localidade podemos encontrar vários vestígios do passado: Ponte de Prado, Pelourinho de Prado, Fonte de Santo António, Igreja Matriz, Capela de São Tiago de Francelos, Casa da Botica, Paços do Concelho/Casa dos Vasconcelos, Casa das Fontainhas, Quinta de S. Bento…





A Ponte de Prado representa a construída pelos romanos e foi totalmente reconstruída em granito em 1617. É uma ponte de construção medieval e reconstrução moderna, de tabuleiro em cavalete assente em 9 arcos (5 ogivais e 4 redondos) com robustos tamalhares.






O Pelourinho de Prado é um pelourinho de estilo manuelino do século XV ou XVI formado por uma coluna assente numa base circular de dois degraus. O capitel, de estilo clássico, termina num ábaco encimado pela esfera armilar com as armas do reino e dos Sousas de Prado.





A Fonte de Santo António foi construída em 1692 a pedido dos Condes de Prado. É uma fonte seiscentista, de espaldar singelo, com carranca de uma bica e nicho central, ladeado por pilastras e coroada por pináculos laterais e pedra de armas entre volutas e cruz ao centro; tanque rectangular. Apresenta uma imagem de Santo António e o brasão dos condes de Prado.




A Capela de São Tiago de Francelos foi construída no século XVII. É uma capela maneirista, alpendrada, com planta longitudinal de uma só nave e sacristia adossada lateralmente. Fachada principal com sineira e cruz na empena, portal de verga recta. Decoração interior com retábulo-mor em talha.






A Casa da Botica terá sido fundada em 1719 por Paulo Silva e foi recentemente remodelada. Está dividida em dois pisos, com uma varanda alpendrada lateral e muro ameado com portal e rematado por um frontão, apoiado sobre o piso e encimado por uma cruz.




O seu artesanato é muito variado: linhos e bordados, cerâmica (pintada à mão e figurado), cestaria em vime e casas típicas em miniatura.
Nesta terra realizam-se as seguintes festas e romarias: S. Brás (2º Domingo de Janeiro); Santo Amaro (15 de Janeiro); S. Sebastião e Feira Anual “Os Vinte” (20 de Janeiro); Santa Maria de Prado (2 de Fevereiro); Senhor dos Passos (Semana Santa); Festa da Vila de Prado (20 de Junho); S. Tiago (27 de Julho).


A sua gastronomia é muito rica e diversificada: rojões à moda do Minho, papas de sarrabulho, arroz de frango “pica no chão”, caldo verde, cabrito assado, coelho à caçador… Ao nível da sobremesa, rabanadas, sonhos, formigos, creme queimado, pudim de ovos, pudim Abade de Priscos…


Uma das suas tradições é a Corrida e Testamento do Galo realizada na nossa escola no último dia que antecede a partida para as interrupções escolares de Carnaval.


Uma das suas lendas conhecidas é a lenda da Ponte de Prado, que evoca célebres amores de um Rei Leonês com uma ilustre dama natural desta vila. Depois de uma enorme cheia que quase havia destruído a ponte e verificando o monarca o mau estado da mesma, enviou imediatamente ordens para a sua reconstrução. Consta desde então que o motivo que levara o rei Leonês, residente em Braga, a tomar tal atitude, fora o facto de ter obrigatoriamente de atravessar a ponte aquando das suas visitas à tão amada dama. Pensa-se, no entanto, que os célebres amores de D. Branca Guterres com o monarca Leonês não são lendários, aconteceram mesmo, do que aliás nos dá notícia uma inscrição que apareceu numa pedra na referida vila. Assim, o rei Leonês podia visitar D. Branca de dia ou de noite, acompanhado da sua polícia ou disfarçado em homem do povo, sem ter sequer de admitir que seus amores fossem prejudicados por uma ponte que causava pânico a quem sobre ela passava.


Os alunos do 3º ano

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